6 ferramentas gerenciais para utilizar na sua empresa

Nos últimos textos publicados falamos sobre o que é a contabilidade gerencial (parte I e parte II) e a importância das informações contábeis para o auxílio dos gestores no processo de tomada de decisões.

Mas quais ferramentas gerenciais podem ajudar o seu negócio a alcançar o sucesso desejado?

Pensando nisso, separamos algumas dicas das principais ferramentas contábil-gerenciais que são utilizadas por empresas no gerenciamento. Confira abaixo:

1 – Orçamento: o orçamento é um documento formal que as partes concordam em pagar ou receber. Nele é determinado o valor mediante a entrega de certos produtos ou serviços, dentro de um certo período de tempo estabelecido, tendo como finalidade conhecer com antecedência o caminho que a organização irá trilhar para obter o resultado almejado;

2 – Fluxo de Caixa: o fluxo de caixa é o método de captura e registro dos fatos e valores que ocasionam alterações no saldo de caixa e sua apresentação é feita por meio de relatórios, de maneira que permita a sua compreensão e análise. Sendo assim, o fluxo de caixa nada mais é do que as movimentações financeiras da empresa, comparando o quanto você recebe (receita) e o quanto gasta (custo e despesas). A palavra “caixa” refere-se a “valores”, que podem ser convertidos em “moeda” de maneira rápida, tais como depósitos bancários, cheques, aplicações de curto prazo, entre outros;

3 – Planejamento Tributário: o planejamento tributário é a atividade ou uma técnica de análise de possíveis alternativas de redução da carga tributária suportada pelas pessoas e empresas, realizada sempre em conformidade com a legislação vigente;

4 – Gestão de Estoques:  os estoques são um dos ativos com maior importância no capital circulante e da posição financeira de muitas empresas. A sua determinação de maneira correta no início e no fim do período contábil é fundamental para a apuração do lucro líquido do exercício. A gestão do estoque é a base principal de todo planejamento de uma empresa, tanto estratégico quanto operacional, visto que o controle rigoroso dos estoques elimina desperdícios de tempo, de custo, de espaço e atende o cliente quando precisar. A gestão de estoques tem a obrigação de priorizar o menor custo possível, sem que ocorra a falta de materiais. A elaboração de alguns controles e a aplicação de indicadores de controle garantem a acuracidade do estoque e um resultado positivo;

5 – Controle de Contas a Pagar e a Receber: o controle de contas a pagar e receber tem a função de averiguar, gerenciar e registrar as transações não pagas ou não recebidas para os fins contábeis de uma organização. Para o controle destas, deve-se levar em consideração as políticas financeiras, práticas, padrões e diretrizes do setor. As contas a pagar são passivos e as contas a receber são ativos da empresa. Estes controles têm a finalidade de registrar o fluxo de caixa de entrada e saída para que garanta um registro preciso das transações financeiras dos ativos e passivos das organizações

6 – Controle de Bens do Ativo Imobilizado:  em geral, todas as empresas possuem ativos imobilizados, que são os itens que são usados para fins da atividade principal da organização, e estes precisam de uma gestão eficiente. Pode-se citar como exemplo destes ativos, as máquinas, veículos, prédios, equipamentos, entre outros itens. O controle de bens do ativo imobilizado é uma atividade realizada para o conhecimento e acompanhamento dos patrimônios de uma companhia. A gestão dos bens do ativo imobilizado facilita o controle de vida útil do bem e o cálculo de depreciação, isso porque este controle demonstra os bens, a data e o custo de aquisição, bem como os acréscimos e baixas parciais referentes a eles. Existem outros benefícios que o controle de patrimônio pode trazer, que são: evitar furtos ou desvios de bens, coibir a sonegação de impostos ou pagamentos desnecessários. Além disso, estes relatórios geram informações importantes para a tomada de decisões dos gestores. Em vista dos argumentos apresentados, ter o controle de bens é de suma importância.

Por conta de todos os benefícios que foram citados, para se ter uma boa gestão de negócio, utilizar essas ferramentas gerenciais são de extrema utilidade e ajudarão a atingir os objetivos da empresa.

No próximo post, falaremos sobre 05 indicadores de análise das demonstrações contábeis. Preparados para mais aprendizados? Até breve! 😉

Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí

O que é planejamento tributário e qual a sua importância?

Hoje conseguimos afirmar que o Brasil possui uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Nosso sistema tributário é complexo, injusto, arcaico e fora da realidade das empresas no geral.

Vivemos com um mercado altamente competitivo, colocando as empresas brasileiras em situação difícil, pois, precisam concorrer com preços de produtos estrangeiros, formados em países que possuem grande favorecimento fiscal do governo e uma mão de obra extremamente barata.

Diante desses acontecimentos somados a complexidade do sistema, é natural que o administrador procure todas as formas de reduzir a carga tributária e a forma indicada é o Planejamento Tributário.

A questão não é tão simples e rápida de se resolver. Se não existir um profissional com qualidade técnica, a empresa em vez de resolver um problema, termina por criar muitos outros.

Processos sofisticados fora do alcance do entendimento do empresário em geral, podem estar fundamentados em sérios equívocos ou vícios que possam prejudicar a empresa ao invés de ajudar. Aqueles que contratam prestadores de serviços baseados apenas em aparência, tende a criar grandes problemas. É o caso dos “Planejamentos Tributários” que se oferecem em pacotes/ escala, propondo alíquota fixa de tributos, gerando todo um processo mercadológico em torno deles, fugindo da realidade, em muitos dos casos.

Para captar clientela, com aparatos de uma suposta tecnologia inovadora, realizam cursos, ofertas mirabolantes, propaganda enganosa quanto à qualidade dos serviços, mas no fim, sérias consequências chegarão aos empresários.

Ao longo da minha carreira profissional, analisei planos que me foram submetidos para apreciação e sobre os quais conclui serem de extrema fragilidade técnica e legal, buscando apenas enganar os empresários que em muitos dos casos são leigos e acreditam apenas na vantagem financeira.

Algumas empresas de serviços tributários oferecem livremente no mercado seus planos, porém, nem todos têm resultado de sucesso, sendo motivo de autuações fazendárias.

Entretanto, existem meios legais de reduzir tributos, ou seja, de se praticar um planejamento tributário eficaz. A lei deixa recursos para serem usados, porém, é necessário que a prática eleita tenha segurança e ética.

Como já referido, existem vários critérios competentes, absolutamente fundamentados em recursos contábeis e legais, além de serem rigorosamente éticos.

Não negamos que o uso inteligente da própria lei possa aliviar o peso de impostos, mas, seria ingênuo admitir que tal recurso pudesse ser encontrado sem que se tivesse por base medida de extrema segurança e apoio.

O que em nenhuma hipótese deve ocorrer é imaginar que determinados critérios de sonegação sejam pacificamente aceitos pelo fisco e nem que existem “milagres” que possam ser feitos.

REQUISITO BÁSICO PARA UM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

As condutas a serem praticadas devem ser prévias ao fato gerador. Depois da ocorrência do fato gerador qualquer ação é fraude.

A distinção entre evasão e elisão está quando se pratica o ato ou omissão. Se o ato é praticado posteriormente ao fato gerador estamos perante evasão fiscal, se o ato ou omissão é praticado anteriormente ao fato gerador estamos perante elisão ou evitação fiscal. A distinção entre fraude e elisão é o caráter lícito ou ilícito dos atos praticados.

A elisão fiscal baseada na legislação, é feita através do planejamento tributário, que é um conjunto de ideias e estudos voltados à economia de tributos com o emprego de técnicas e estudos da Lei, a serem aplicadas aos segmentos de negócios industriais, operações mercantis e prestações de serviços. É a atividade lícita que busca identificar alternativas que, observados toda legislação, encontram opções legais para uma carga tributária menor. A elisão ilegal, sonegação ou evasão se apresenta com o objetivo de não recolher, recolher a menor ou recolher a posterior um encargo tributário cujo fato gerador já tenha ocorrido.

Como contribuintes, nós temos duas maneiras de reduzir o ônus tributário. A forma legal chama-se elisão fiscal (mais conhecida como planejamento tributário) e a forma ilegal denomina-se evasão ou sonegação fiscal. 

Desta forma, concluo que o planejamento tributário é uma sistemática legal que visa reduzir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de planejar a sua empresa ou sua pessoa física da forma que melhor lhe pareça, procurando a redução dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma escolhida é lícita, as fazendas públicas em geral deverão respeitar o planejamento tributário.

Você sabia que a Mazzola Contabilidade é uma empresa que está pronta para ajudar os empresários sobre este tema tão complexo e surgindo dúvidas ou se quiserem ajuda, estarei à disposição.

Espero que este post tenha ajudado você a pensar no planejamento tributário da sua empresa.

Deixe aqui nos comentários alguma questão ou sugestão que poderemos utilizar para trocar novas experiências sobre o tema.

Redação por: Leonardo Mazzola, Empresário Contábil, Advogado, Consultor Empresarial e Professor Universitário. Graduado pela Unianchieta em Contabilidade e Direito e Pós-graduado em Controladoria e Auditoria pela PUC-Campinas, possui em seu currículo, treinamentos internacionais: Disney institute, Florida Christian University em Orlando, Stanford University na Califórnia, MIT Management em Boston e McGill Executive Institute em Montreal. Sócio-diretor das empresas Mazzola Contabilidade e Mazzola Soluções.
Revisão por: Daiane Alegro Guido, processo Financeiro da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Anhanguera, e Pós Graduação em Controladoria e Finanças pelo SENAC.