10 indicadores de análise das demonstrações contábeis – PARTE II

O conteúdo de hoje é a continuação do nosso texto “10 indicadores de análise das demonstrações contábeis – Parte I”, esta sequência apresenta mais 05 indicadores essenciais para a análise do seu negócio. Confira abaixo!

6 – Necessidade Líquida de Capital de Giro

A necessidade de capital de giro (NCG) é o montante mínimo que uma empresa deve ter em caixa para mantê-la funcionando, assegurando, assim, as operações necessárias dentro da empresa. Desta forma, o índice de necessidade líquida de capital de giro (NLCDG) apresenta os recursos necessários para manter o giro dos negócios.

7 – Tesouraria

O índice de tesouraria apresenta a real capacidade da companhia em subsidiar o crescimento de suas atividades operacionais. Desta forma, o saldo de tesouraria consiste na diferença entre o ativo circulante financeiro e o passivo circulante financeiro. O saldo de tesouraria funciona como uma forma de medir os riscos resultantes do descasamento entre ativos e passivos.

8 – Capital de Giro Próprio

O índice de capital de giro próprio (CGP) apresenta, se existe, ou não, a necessidade da utilização de recursos financeiros de terceiros. Quando o resultado deste indicador der negativo, indica que a empresa não possui recursos próprios suficientes para financiar suas necessidades de capital de giro.

Já em relação ao resultado positivo, demonstra que a empresa tem recursos próprios suficientes para financiar suas necessidades de capital de giro. Pode-se concluir que quanto maior for esse índice, melhor será para a organização.

9 – Capital Próprio

O capital próprio representa os meios financeiros de uma organização, sendo proveniente, inicialmente, dos sócios. Em outras palavras, o capital próprio é a diferença entre tudo que a companhia possui e deve a terceiros, assim, pode-se dizer que é o patrimônio líquido da empresa.

Portanto, o capital próprio é constituído pelo capital social, seus lucros e suas reservas. Este indicador demonstra como está a saúde ou a situação financeira de um negócio. O resultado pode ser negativo, positivo ou nulo.

Uma organização com capital próprio negativo representa que as dívidas são maiores que seu patrimônio, o que gera preocupação e necessidade de atenção. Já quando o resultado desse índice é nulo, demonstra que a empresa não tem prejuízos, porém também não tem benefícios, ou seja, o capital passivo e o capital ativo são iguais.

A última possibilidade é o caso de o valor calculado ser positivo, o que indica que a companhia não tem dívidas e, consequentemente, é lucrativa.

Em vista disso, pode-se concluir que quanto maior for esse índice, mais valorizada a empresa será.

10 – Capital de Terceiros

O capital de terceiros são os recursos externos que a organização adquire para financiar suas operações, por meio de entidades terceiras. Ele é formado por todo o Passivo Exigível, e esses valores são constituídos pelas obrigações adquiridas por meio de contratos de crédito e serão reembolsados após um período determinado.

A título de exemplo, os financiamentos, fornecedores, tributos a pagar e os empréstimos são algumas das contas do balanço patrimonial que constituem o capital de terceiros. Quanto maior o uso de capital de terceiros, mais endividada estará a organização e menor será o seu valor. Outra desvantagem de adquirir dívidas de terceiros é que, na maioria das vezes, possuem juros. Desta maneira, pode-se concluir que quanto menor for o resultado desse índice, melhor será.

Pode-se concluir que todos os indicadores vistos acima e no texto anterior, na parte I, são importantes para a identificação da saúde financeira da empresa. Sendo assim, fazer um acompanhamento periódico desses indicadores irá prever possíveis calamidades, evitando prejuízos financeiros, dores de cabeça e problemas em grande escala.

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Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí

10 indicadores de análise das demonstrações contábeis – PARTE I

A análise econômica e financeira das demonstrações contábeis, conhecidas também como DCs, tem como objetivo prover informações relevantes, a diversos usuários que estão com interesse de entender as atividades operacionais da empresa, a situação patrimonial e financeira, o desempenho da entidade, os fluxos de caixa. Além de vislumbrar as perspectivas e tendências do futuro da organização. 

Os principais usuários dos relatórios de análise das DCs são: acionistas, administração, investidores, financiadores e auditores. Na figura abaixo estão descritas os principais usuários e seus principais interesses nas DCs.

A seguir, na parte I deste post, serão apresentados alguns dos principais indicadores de análise das demonstrações contábeis.

1 – Análise Vertical e Análise Horizontal

Essas duas análises, vertical e horizontal, incidem em análises que buscam entender a dinâmica das operações de uma organização. Mostrando que são essenciais para avaliação de uma empresa. 

A análise vertical, conhecida também por análise estrutural, indica a composição patrimonial do período. Consiste em mostrar a importância de cada conta em relação a demonstração, por meio de comparação com os padrões, assim determinando os percentuais de cada conta ou grupo de contas em relação ao seu total, ou seja, busca entender qual o percentual de cada setor da empresa em seus resultados. Desta forma, podemos assim, verificar a proporção das origens e aplicações de recursos. Comparando-se exercícios anteriores e subsequentes, contatando a possibilidade de mudança da política da empresa, quanto a obtenção e a aplicação de recursos.

Já a análise horizontal, ou análise dinâmica, mostra a evolução temporal dos elementos das demonstrações contábeis, analisando desta forma os períodos e focando também na evolução dos resultados da empresa ao longo do tempo. 

Assim, ambas as análises irão mostrar a evolução de cada conta dentro das demonstrações financeiras e pela realização de comparação com períodos anteriores podem-se tirar conclusões sobre a evolução e o andamento organizacional.

2 – Índice de Endividamento e Estrutura de Capitais

O endividamento é uma fonte importante de recursos para que a empresa possa manter suas operações ou ampliá-las. Através desse indicador torna-se possível a empresa avaliar o montante de dívidas que possui, captada através de recursos de terceiros em relação ao seu capital próprio.

Também chamados de quocientes de estruturas de capitais, os quocientes de endividamento têm a finalidade de avaliar, sobretudo, o grau de dependência da empresa em relação aos capitais de terceiros, através da medição da relação entre capitais próprios, capitais de terceiros e capitais aplicados. Em outras palavras, tais quocientes revelam a política de obtenção de recursos da empresa. 

Os principais índices de endividamento e estrutura de capitais são: Participação de Capitais de Terceiros, Composição do Endividamento, Imobilização do Patrimônio Líquido e Imobilização dos Recursos Não Correntes.

3 – Índice de Liquidez

O objetivo dos índices de liquidez é fundamentalmente verificar a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações. Essa verificação é efetuada comparando contas do ativo e do passivo do balanço patrimonial.

Desta forma, este índice reflete na análise da solvência da empresa. A principal preocupação é se a empresa tem recursos disponíveis para quitar suas obrigações em grandes dificuldades. Os índices de liquidez mensuram a capacidade de pagamento da entidade e esses indicadores devem ser analisados em conjunto com os demais índices. Existem quatro índices de liquidez, são eles: Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Imediata.

4 – Índices de Rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade, mostram em percentual a situação econômica da empresa e qual foi a rentabilidade do capital investido. Para calcular a rentabilidade de uma empresa são utilizados os índices de Giro do Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. Os índices de rentabilidade demonstram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.

5 – Índices de Atividades

Os índices de atividades indicam as rotatividades sofridas pelo capital e pelos valores agregados na produção, recomendando quantas vezes foram empregados e recuperados, se o seu ciclo operacional condiz com a sua realidade. 

Dessa forma, os indicadores de atividade que nos mostram toda essa realidade. Os principais indicadores financeiros que nos autorizaram conhecer a evolução da atividade operacional da empresa são: o Prazo Médio de Renovação de Estoques, Prazo Médio de Recebimento de Vendas, Prazo Médio de Pagamentos das Compras, Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro. Esses indicadores indicam quantos dias em média a empresa leva para pagar suas compras, receber suas vendas, renovar seus estoques e recuperar seu ativo.

Gostou das dicas e dos indicadores acima? Comente aqui embaixo! Em breve, na parte II, falarei sobre mais 5 indicadores importantes para você empreendedor. Fique ligado para conferir! 

Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí