Nos dias atuais, muito se fala em investimentos, ações e mercado financeiro, com isso, facilmente você conhece alguém que investe ou já investiu.
Há muito tempo vem surgindo novas empresas de investimentos e o crescimento delas é significativo. Quem nunca viu um anúncio nas redes sociais ou demais veículos de comunicação, não é mesmo?!
Também tem sido comum ouvir a frase: “daqui uma semana ou tantos dias, será publicado o balanço de tal empresa”. A verdade é que o termo correto é “Demonstrações Contábeis”, já que o Balanço se trata de apenas uma delas.
As demonstrações Contábeis que costumam ser publicadas pelas empresas são: Balanço Patrimonial (BP), o qual trato neste artigo, a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Analisar as demonstrações é muito importante, pois a contabilidade é a linguagem empresarial e os números são capazes de dizer se a empresa é rentável ou não. É necessário ter um conhecimento básico dos conceitos para entender o que é apresentado em cada demonstração, neste caso, o Balanço.
O Balanço Patrimonial é composto por saldos de ativo e passivo em uma determinada data e é a fotografia da empresa naquele determinado momento.
Também é apresentado dentro do passivo, o patrimônio líquido, sendo o resultado exato da diferença entre eles.
Tanto o ativo quanto o passivo possuem uma separação entre circulante e não circulante, sendo elas, a serem realizadas em curto e longo prazo, ou seja, menos de um ano e mais de um ano, respectivamente.
O Ativo é definido como o conjunto de bens e direitos ou as aplicações de recursos de uma entidade. Nele é apresentado contas como: Caixa, saldos bancários, investimentos, estoques, contas a receber e ativo imobilizado.
Com ele podemos analisar, por exemplo, o dinheiro da empresa. As companhias que possuem alto valor de recursos financeiros indicam que é possível efetuar seus pagamentos mesmo em tempos difíceis, ou que poderá ter mais opções de crescimento futuro.
Apesar disso, uma análise com frequência nos Balanços precisa indicar uma movimentação efetiva dos recursos, pois a empresa precisa ter giro.
Assim também acontece com o saldo de estoque, valores altos parados no estoque indicam perda para a empresa e as mercadorias precisam circular para obter as receitas.
Também se consegue analisar, em conjunto com a DRE, se o estoque está crescendo mais do que as vendas, sendo um sinal negativo para a saúde financeira.
Já as contas a receber, são um índice importante, pois quanto mais rápido o recebimento mais cedo a empresa terá recursos para efetuar seus pagamentos, além disso, quanto maior as vendas a prazo, maior o risco de inadimplência.
As contas citadas acima, caixa/ bancos, estoques e contas a receber, são apenas exemplos de dados que o ativo pode trazer.
Já o Passivo é definido como as obrigações e dívidas que a empresa possui com terceiros, como: Fornecedores, impostos, salários, empréstimos.
Com o passivo podemos realizar cálculos de índices financeiros, para verificar seu grau de endividamento ou se os ativos são suficientes para cobrir suas obrigações e dívidas.
Uma análise rápida é se o valor do ativo é maior que o valor do passivo (circulante + não circulante), pois se a empresa apresenta o contrário, indica prejuízo e quem sabe um sinal de falência, impactando diretamente nos lucros/ prejuízos e reservas do patrimônio líquido.
No Patrimônio Líquido temos o capital próprio, representado principalmente pelo capital integralizado, lucros ou prejuízos e reservas.
Alguns indicadores econômicos podem ser feitos para extrair informações do balanço patrimonial, trouxe alguns deles:
- Índice de Liquidez Geral: Mostra a capacidade da empresa arcar com suas obrigações a longo prazo sem o uso de seus ativos permanentes. Quanto maior for a liquidez geral, melhor será para a empresa.
Cálculo: Índice de liquidez geral = (ativo circulante + ativo realizável a longo prazo) ÷ (passivo circulante + passivo não circulante)
- Índice de liquidez corrente: Mostra a capacidade da empresa arcar com suas obrigações de curto prazo. Representa quanto de recursos a empresa tem para cada R$1,00 de dívida, sendo assim, quanto maior, melhor.
Cálculo: Índice de liquidez corrente = ativo circulante ÷ passivo circulante
- Índice de liquidez seca: A única diferença com o de liquidez corrente, é que excluído o estoque do ativo circulante.
Cálculo: Índice de liquidez seca = (ativo circulante – estoque) ÷ passivo circulante
- Grau de Endividamento: Basicamente, mostra o quanto está sendo utilizado de recursos de terceiros na empresa. Quanto menor for o índice, melhor.
Cálculo: Grau de Endividamento = (Passivo ÷ Ativo) * 100
- Grau de Alavancagem: Mostra o quanto do Patrimônio Líquido financia o Ativo Total.
Cálculo: Grau de Alavancagem = Ativo Total ÷ Patrimônio Líquido
Existem outros indicadores que podem ajudar a realizar uma melhor análise.
Com a visão da contabilidade gerencial, o investidor fica mais seguro em qual empresa investir e aprende a avaliar onde irá colocar seu dinheiro, obtendo melhores resultados.
Lembre-se que a contabilidade é uma parceira ideal na hora de tomar decisões importantes
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Redação por: Caroline Morais, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pelo Anchieta. Revisão por: Daiane Alegro Guido, processo Financeiro da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Anhanguera, e Pós Graduação em Controladoria e Finanças pelo SENAC.