6 ferramentas gerenciais para utilizar na sua empresa

Nos últimos textos publicados falamos sobre o que é a contabilidade gerencial (parte I e parte II) e a importância das informações contábeis para o auxílio dos gestores no processo de tomada de decisões.

Mas quais ferramentas gerenciais podem ajudar o seu negócio a alcançar o sucesso desejado?

Pensando nisso, separamos algumas dicas das principais ferramentas contábil-gerenciais que são utilizadas por empresas no gerenciamento. Confira abaixo:

1 – Orçamento: o orçamento é um documento formal que as partes concordam em pagar ou receber. Nele é determinado o valor mediante a entrega de certos produtos ou serviços, dentro de um certo período de tempo estabelecido, tendo como finalidade conhecer com antecedência o caminho que a organização irá trilhar para obter o resultado almejado;

2 – Fluxo de Caixa: o fluxo de caixa é o método de captura e registro dos fatos e valores que ocasionam alterações no saldo de caixa e sua apresentação é feita por meio de relatórios, de maneira que permita a sua compreensão e análise. Sendo assim, o fluxo de caixa nada mais é do que as movimentações financeiras da empresa, comparando o quanto você recebe (receita) e o quanto gasta (custo e despesas). A palavra “caixa” refere-se a “valores”, que podem ser convertidos em “moeda” de maneira rápida, tais como depósitos bancários, cheques, aplicações de curto prazo, entre outros;

3 – Planejamento Tributário: o planejamento tributário é a atividade ou uma técnica de análise de possíveis alternativas de redução da carga tributária suportada pelas pessoas e empresas, realizada sempre em conformidade com a legislação vigente;

4 – Gestão de Estoques:  os estoques são um dos ativos com maior importância no capital circulante e da posição financeira de muitas empresas. A sua determinação de maneira correta no início e no fim do período contábil é fundamental para a apuração do lucro líquido do exercício. A gestão do estoque é a base principal de todo planejamento de uma empresa, tanto estratégico quanto operacional, visto que o controle rigoroso dos estoques elimina desperdícios de tempo, de custo, de espaço e atende o cliente quando precisar. A gestão de estoques tem a obrigação de priorizar o menor custo possível, sem que ocorra a falta de materiais. A elaboração de alguns controles e a aplicação de indicadores de controle garantem a acuracidade do estoque e um resultado positivo;

5 – Controle de Contas a Pagar e a Receber: o controle de contas a pagar e receber tem a função de averiguar, gerenciar e registrar as transações não pagas ou não recebidas para os fins contábeis de uma organização. Para o controle destas, deve-se levar em consideração as políticas financeiras, práticas, padrões e diretrizes do setor. As contas a pagar são passivos e as contas a receber são ativos da empresa. Estes controles têm a finalidade de registrar o fluxo de caixa de entrada e saída para que garanta um registro preciso das transações financeiras dos ativos e passivos das organizações

6 – Controle de Bens do Ativo Imobilizado:  em geral, todas as empresas possuem ativos imobilizados, que são os itens que são usados para fins da atividade principal da organização, e estes precisam de uma gestão eficiente. Pode-se citar como exemplo destes ativos, as máquinas, veículos, prédios, equipamentos, entre outros itens. O controle de bens do ativo imobilizado é uma atividade realizada para o conhecimento e acompanhamento dos patrimônios de uma companhia. A gestão dos bens do ativo imobilizado facilita o controle de vida útil do bem e o cálculo de depreciação, isso porque este controle demonstra os bens, a data e o custo de aquisição, bem como os acréscimos e baixas parciais referentes a eles. Existem outros benefícios que o controle de patrimônio pode trazer, que são: evitar furtos ou desvios de bens, coibir a sonegação de impostos ou pagamentos desnecessários. Além disso, estes relatórios geram informações importantes para a tomada de decisões dos gestores. Em vista dos argumentos apresentados, ter o controle de bens é de suma importância.

Por conta de todos os benefícios que foram citados, para se ter uma boa gestão de negócio, utilizar essas ferramentas gerenciais são de extrema utilidade e ajudarão a atingir os objetivos da empresa.

No próximo post, falaremos sobre 05 indicadores de análise das demonstrações contábeis. Preparados para mais aprendizados? Até breve! 😉

Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí

Imposto de Renda Pessoa Física x Mercado Financeiro

No texto de hoje, vamos falar um pouco sobre imposto de renda, porém em uma perspectiva diferente: voltado para o investidor com operações na bolsa de valores. Esse é um assunto que gera muitas dúvidas, mas nada que a Mazzola Contabilidade não possa te ajudar a entender!

Recentemente muitas pessoas começaram a conhecer o mercado de renda variável e de acordo com levantamento divulgado em março de 2023 pela B3, esse número só vem aumentando: atingimos a marca de 5 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável. Um aumento de 19% em comparação com o ano de 2021. 

Contudo, o que muitos não sabem, é a complexidade que essas operações possuem perante o fisco, que necessitam de cálculos mensais, pagamento de guias de IR (DARF), e até mesmo um planejamento tributário. 

Todo esse crescimento no mercado financeiro resultou em um aumento na fiscalização da Receita Federal neste quesito, na qual, cometendo erros, os investidores podem vir a ter seus CPFs bloqueados e/ou cobrança de impostos retroativos, com multas e juros. 

Para te ajudar a compreender melhor tudo isso, separamos alguns tópicos importantes sobre o assunto: 

  • Obrigatoriedade

Uma das maiores mudanças desse ano, comunicada oficialmente pela Receita Federal, foi na obrigatoriedade na entrega das informações de bolsa de valores. 

Até o ano passado, toda e qualquer operação ocorrida dentro da bolsa de valores deveria ser declarada no imposto de renda, independentemente da duração, valor ou resultado da operação. Essa regra continua valendo para operações realizadas até 2021.

No entanto, para 2022 houve algumas mudanças provocadas pelo crescimento dessas operações, o auditor-fiscal José Carlos da Fonseca afirmou: “Vimos um crescente aumento de pessoas aplicando em Bolsa, jovens, pessoas que estão entrando no mercado de trabalho. Em 2022, houve alta de 17,5% de investidores na B3, e 80% começam com valores muito baixos, de até R$ 1.000”.

Após essa análise, foi determinado que para a declaração desse ano, deverá ser levado em consideração 2 situações: se em 2022 realizou-se vendas, no ano, superiores a 40 mil, ou então, quem teve lucros sujeitos a incidência de imposto no ano, estão ambos obrigados a declarar. 

Ficou em aberto a decisão sobre operações com prejuízos anteriores a compensar, entretanto, orientamos os investidores que possuem prejuízos a enviar a declaração normalmente para não perder o direito da compensação.

  • Documentos necessários

Para a realização do IRPF, precisamos de alguns documentos específicos:

1 – Nota de Corretagem

           A nota de corretagem ou nota de negociação se assemelha a uma nota fiscal, ela contém todas as informações necessárias para realização dos cálculos, como: data, título, tipo de operação (compra ou venda), quantidade, valor, taxas e emolumentos cobrados. 

2 – Informes de rendimentos

O informe de rendimento é disponibilizado por todas as empresas que distribuíram proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e rendimento de fundos imobiliários – FII) durante o ano. Normalmente, são enviados por e-mail, ou por pelo Correios – por isso mantenha seu cadastro atualizado!

3 – Extratos bancários

Já o extrato, serve para conferência e verificação se todas as notas de corretagem foram enviadas. Seu envio é necessário, pois apenas com ele teremos acesso à informação de proventos (caso não tenha recebido o informe de rendimento citado acima), bem como, taxas de BCT decorrente ao processo de aluguel de ações, participação em processos de abertura de empresa na bolsa, conhecido como IPO e, até mesmo, subscrições exercidas no ano. 

  • Cálculo

A responsabilidade é única e exclusiva do investidor (preenchimento e entrega da declaração anual, cálculos mensais, geração e pagamentos de impostos devidos), ou seja, nenhum órgão ou instituição (banco ou corretora) se responsabiliza, ou enviam as informações automaticamente, nem mesmo no informe de rendimento ou nas notas de corretagens.

Frisamos ainda que os cálculos devem ser realizados desde a primeira compra de títulos, e devem ser atualizados a cada nova compra ou venda, pois só assim você saberá o resultado da operação (lucro/prejuízo) – em casos de prejuízos, este pode ser compensado com um lucro futuro e, consequentemente, pagar menos impostos.

  • Imposto 

Apesar de não ser de conhecimento de todos, operações em bolsa de valores possui a incidência de imposto sobre o lucro, na qual é aplicado uma alíquota de 20% para operações de Day Trade (operações iniciadas e encerradas no mesmo dia) e 15% em Swing Trade (operações com durações acima de um dia).

Sendo assim, é emitido um DARF com o código 6015 com vencimento para o último dia útil do mês subsequente ao mês da operação. Ressaltamos ainda, que a guia só poderá ser gerada quando o valor for acima de R$ 10,00, caso contrário, deverá ser adicionado nas próximas apurações até que o valor seja igual, ou superior a R$ 10,00.

  • Isenção 

Para as ações, nós temos uma isenção na tributação em casos de VENDAS no mês até 20 mil. Dessa forma, todo os ganhos obtidos serão caracterizados com rendimentos isentos. Acima desse limite, devemos tributar os valores normalmente! 

Observação: É de extrema importância não confundir VENDAS com LUCRO! 

  • BDR – Brazilian Depositary Receipt

Os BDR são ações de empresas estrangeiras negociadas na B3, uma modalidade de investimento que era disponível apenas para investidores qualificados (pessoa física ou jurídica, que tenha mais de 1 milhão investidos), no entanto, foi liberada para todos os investidores apenas em outubro de 2020. Este possuí uma lei específica e diferente das nossas ações: seus dividendos são tributados conforme nossa tabela progressiva de imposto de renda, dessa forma, rendimentos até 1.903,98 são isentos, após isso, deve-se preencher, mensalmente, o carnê leão! 

Como dito anteriormente, essas operações possuem uma certa complexidade que dependem de uma análise e um trabalho minucioso, tanto mensalmente, como anualmente, visto que, possuímos diversas variedades de operações (Day Trade, Swing Trade), ativos (ações, FII, BDR, dólar, índice etc.) e até mesmo, isenção! Por isso conte com o nosso time sempre que for preciso! 

Por fim, gostaria de ressaltar que a Receita Federal contém acesso apenas aos lucros obtidos, por conta do imposto retido na nota de corretagem, sendo assim, em caso de notificações por operações em renda variável, procure um de nossos especialistas antes de pagar qualquer guia enviada para possamos realizar as medidas cabíveis!

Se gostou do post e ele foi útil para você não esqueça de curtir, comentar e compartilhar! Até o próximo post. ☺♥

Redação por: Kethelyn Siqueira, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista.
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí

Contabilidade gerencial: O que é e qual a sua importância? – PARTE II

Vivemos em um mundo onde as mudanças e transformações tem ocorrido constantemente e rapidamente, e ter acesso a informações relevantes, são fundamentais para o mundo do empreendedorismo.

Desta forma, o contador tem se tornado cada vez mais um grande aliado para seus clientes, sendo trazido para o âmbito da gestão, e é neste ponto que surge uma nova oportunidade para o mercado contábil e também para o empreendedor.

Conforme escrito no texto publicado anteriormente (Contabilidade Gerencial: O que é e qual a sua importância? – Parte I), um grande problema identificado é sobre a falta de uso das informações geradas pela contabilidade para a tomada de decisão. Em vista disso, o caminho para a solução do problema é a utilização da contabilidade gerencial e das análises das demonstrações contábeis.

Vamos começar falando um pouco sobre a Contabilidade Gerencial. Conforme Sérgio de Iudícibus, professor universitário e conferencista internacional de contabilidade, a Contabilidade Gerencial é fundamentada na única finalidade interna de atender à administração da empresa, com informações úteis, confiáveis e tempestivas para um processo de tomada de decisão dos gestores, sendo o foco principal, o presente e o futuro da organização.

Com isso, em concordância com as normas internacionais de contabilidade, a Contabilidade Gerencial adota alguns conceitos e procedimentos, são alguns deles: ajuste a valor presente de ativos e passivos, ativos a preço de mercado, ativos a preço de reposição e valor presente dos fluxos de caixa de ativos.

Por conta de estarem inseridas em um cenário competitivo e de grandes incertezas, independentemente do tamanho da organização, seja ela grande ou pequena, a preocupação do planejamento e a utilização de ferramentas gerenciais devem existir. Os gestores precisam ser assessorados e receberem informações para escolherem as melhores decisões para a sobrevivência da companhia, desta forma são necessários os dados contábeis.

No ramo de Contabilidade Gerencial, alguns conhecimentos de outras áreas também são de grande valor, como por exemplo, os conceitos de administração da produção, da estrutura da organização e da administração financeira.

Em geral, pode-se concluir que toda metodologia, técnica, informação ou relatório contábil preparados com a finalidade da utilização pela administração para tomada de decisão ou para a avaliação de desempenho da empresa, são objetivamente gerados pela Contabilidade Gerencial.

Dando sequência em nossa busca da conscientização sobre a importância das informações contábeis, o próximo texto será sobre as 6 ferramentas gerenciais para utilizar na sua empresa. Não deixe de acompanhar!

Gostou deste conteúdo? Comente aqui embaixo! Sua opinião é muito importante para nós!

Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Daiane Alegro Guido, processo Financeiro da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Anhanguera, e Pós Graduação em Controladoria e Finanças pelo SENAC.

As principais dicas e cuidados para não ter problemas com a declaração de Imposto de Renda 2023

O prazo de entrega teve início no dia 15 de março de 2023 e irá até 31 de maio de 2023.

Em 15 de março iniciamos a entrega das Declarações de IR 2023, referentes ao ano base 2022, sendo que o prazo final será 31 de maio. Estima-se que teremos 40 milhões de Declarações entregues.

Neste post irei passar algumas dicas e cuidados para que vocês não tenham problemas com o Fisco.

Seguem abaixo as minhas principais observações para evitar problemas com o Fisco:

  1. Certifique-se de que não há omissão dos rendimentos, isto é, não esqueça de verificar em detalhes se todos os rendimentos do ano estão declarados;
  2. Cuidado com o crescimento patrimonial (bens e dívidas), pois devem ser compatíveis com esses rendimentos que você teve durante o ano;
  3. Atenção às aplicações realizadas em bolsa de valores. A omissão de informações está levando os contribuintes para a Malha Fina;
  4. Erros de digitação de dados de dependentes, fontes pagadoras, planos de saúde, entre outros, também poderão obrigá-lo a ter que justificar tais divergências para o Fisco;
  5. Assegure-se de que as despesas apresentadas podem ser deduzidas. Só inclua despesas comprovadas e com documentação hábil. Lembrando que a cada ano as restrições de despesas dedutíveis estão maiores;
  6. Fique atento à venda de bens. Atualmente a Receita Federal cruza as informações com o Detran e Cartório de Imóveis;
  7. Cuidado com eventual aluguel recebido por Airbnb ou Booking, pois a Receita Federal está atenta para este tipo de movimentação financeira;
  8. A sua Fatura do Cartão de Crédito é o retrato de sua vida financeira. Veja se seus gastos estão compatíveis com seus rendimentos;
  9. Atualmente a Receita Federal cruza a sua movimentação financeira, inclusive o PIX, com a sua Declaração de IR. Então, tome muito cuidado com eventual omissão de informações de Renda.  O saldo bancário em conta corrente ou aplicações que você eventualmente acabe esquecendo de declarar, podem acarretar sérios problemas no futuro;
  10.  Alerta: a Receita Federal já está cruzando as informações com o eSocial, portanto tome muito cuidado com as informações que o Fisco já tem na sua base de dados, como domésticas, salários, etc;
  11.  Muita atenção à supervalorização de veículos usados. Pode ser que você tenha obtido lucro na venda. Cuidado, pois isso também gera imposto de renda a recolher, conhecido como Gcap (e neste ano será obrigatório informar o RENAVAM);
  12.  A Receita Federal está de olho no mundo digital, fique atento caso possua criptoativos. Eles devem ser declarados na ficha de bens e caso tenha lucro em eventual venda, também incidirá o imposto de renda;
  13.  A Receita está questionando se o dependente mora com o declarante. Fique atento para não ter problemas com informações equivocadas;
  14.  A pensão alimentícia passou a ser isenta de incidência do imposto de renda, então tome cuidado para lançar no local correto.

Por fim, saliento que uma Declaração bem elaborada por um profissional qualificado irá trazer mais tranquilidade a você.

A Mazzola Contabilidade possui uma equipe altamente especializada para atender a todas as demandas relacionadas ao IR.

Lembrando que Amor é igual ao Imposto de Renda, sempre precisa ser declarado.

Espero que este post tenha ajudado você a pensar nos cuidados que todos os contribuintes precisam ter com sua Declaração de IR.

Deixe aqui nos comentários alguma questão ou sugestão que poderemos utilizar para trocar novas experiências sobre o tema!

Redação por: Leonardo Mazzola, Empresário Contábil, Advogado, Consultor Empresarial e Professor Universitário. Graduado pela Unianchieta em Contabilidade e Direito e Pós-graduado em Controladoria e Auditoria pela PUC-Campinas, possui em seu currículo, treinamentos internacionais: Disney institute, Florida Christian University em Orlando, Stanford University na Califórnia, MIT Management em Boston e McGill Executive Institute em Montreal. Sócio-diretor das empresas Mazzola Contabilidade e Mazzola Soluções.
Revisão por: Pedro Paulo Gomes Ribeiro, processo Administração de Pessoal da Mazzola Contabilidade. Bacharel em Linguística, com especialização em Português e Espanhol pela Universidade de São Paulo.

5 dicas para aplicar a comunicação assertiva em sua empresa

Uma boa comunicação é fundamental para o sucesso das relações interpessoais e dentro das empresas seus impactos são ainda maiores. A comunicação assertiva não se restringe somente em falar bem e usar as palavras certas, mas engloba uma série da aspectos os quais o líder e gestor devem dominar para que as relações com os colaboradores e clientes sejam harmônicas.

Uma organização que domina e prioriza a boa comunicação possui êxito em seus negócios, sucesso com os clientes, harmonia entre os colaboradores e trabalho realizado da maneira esperada, evitando conflitos. Em contrapartida uma informação passada de maneira incompleta, o uso de palavras erradas e em um tom de voz agressivo, criam um ambiente corporativo desagradável, além de causar prejuízos na imagem da empresa para com os clientes, impactando financeiramente.

Portanto, para que você possa iniciar a implementação de uma boa comunicação em sua empresa e possuir sucesso internamente e externamente, separamos 5 dicas para serem aplicadas. Confira abaixo:

1 – Estar atento à linguagem corporal

Segundo uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, 55% da nossa comunicação provém da linguagem corporal, portanto quando tratamos de comunicação assertiva devemos também estar atentos aos nossos gestos e ações para que esses estejam de acordo com a mensagem que queremos passar. De maneira prática há alguns aspectos principais que merecem atenção especial, sendo eles:

– Tom de voz: O tom de voz é parte integrante da fala e a mudança dele altera também a percepção daquilo que está sendo dito. Portanto, é de fundamental importância que durante a comunicação nos certifiquemos de que o modo com o que estamos falando é adequado para a situação.

– Olhar: Os olhos revelam muitas vezes aquilo que estamos sentindo. Olhar nos olhos do ouvinte faz com que o mesmo compreenda melhor aquilo que queremos transmitir, da mesma maneira conseguimos analisar como o outro está recebendo aquilo que está sendo dito.

– Gestos: A maneira como nos movimentamos também transmite uma mensagem. Gestos calmos e tranquilos tornam o ambiente mais harmônico e as conversas mais tranquilas. Da mesma maneira, gestos mais rudes trazem mais agressividade e podem gerar conflitos. Nesse sentido é prudente que em conversas difíceis nos atentemos em tais aspectos para que tudo se resolva com maior tranquilidade.

2 – Adaptar a forma de se expressar de acordo com o ambiente e o ouvinte

A forma como o receptor recebe e absorve a mensagem tem influência do ambiente, de seus sentimentos e da conjuntura atual, portanto para que a mensagem seja bem compreendida é necessário assegurar-se de que ela será transmitida no momento ideal e da maneira correta.

Cada um de nós possui uma vivência, uma percepção de mundo, sentimentos e emoções diferentes, então para que tenhamos uma comunicação assertiva devemos adaptar a forma como será falado à quem irá ouvir a mensagem, afinal é responsabilidade do emissor assegurar que o receptor entenderá aquilo que está sendo dito.

3 – Desenvolver a oratória

Outro aspecto importante quando nos comunicamos são as palavras utilizadas e o modo com a qual as mesmas são estruturadas, sendo de fundamental importância desenvolver a oratória para que se use as palavras corretas e para que se passe mais credibilidade. A leitura de bons livros, a escuta de pessoas com boa oratória, pensar e estruturar a frase antes de falar, são aspectos importantes e que auxiliam nessa jornada.

4- Saber ouvir

Aquele que sabe falar é antes de tudo aquele que sabe ouvir. Ter uma escuta atenta às necessidades dos demais permite com que a comunicação seja destinada ao outro com as suas singularidades.  É necessário que conforme estamos nos comunicando demos pausas para escutar o outro, assegurando-nos de que ele está compreendendo aquilo que está sendo dito.

5-Tenha paciência e seja compreensivo

Quando se trata de comunicação assertiva é necessário entender que o aspecto base para que ela seja eficaz é se colocar no lugar daquele que escuta, tendo paciência diante das dificuldades e estando disposto a ensinar e aprender.  Antes de tudo lembre-se que por trás da outra pessoa há histórias, sentimentos, dificuldades… Há alguém único e com necessidades também únicas, as quais não devem ser ignoradas.

Por fim, vale ressaltar que comunicação assertiva é aquela que o receptor entende de maneira integral a mensagem que receptor quer passar e para isso é necessário nos atentarmos em diversos aspectos que englobam a linguagem verbal e não verbal, aplicando esses recursos.

Espero que as dicas o ajudem a implementar a comunicação assertiva em sua empresa! Aguardo você no próximo texto.

Redação por: Gabriela Martins, processo Administrativo da Mazzola Contabilidade. Cursando graduação em Ciências Contábeis pela Unianchieta de Jundiaí
Revisão por: Cíntia Calixto, processo Administração de Pessoal da Mazzola Contabilidade. Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, pela Faculdade Anhanguera de Jundiaí

Contabilidade gerencial: O que é e qual a sua importância? – PARTE I

Para quem tem o seu próprio negócio, as informações contábeis são fundamentais, uma vez que fornecem ao empresário as condições para uma tomada de decisão eficaz e precisa. Elas coletam dados econômicos da empresa, gerando relatórios e comunicados, sendo consideradas um elemento estratégico.

Em vista disso, a contabilidade é de suma importância para o mundo dos negócios, sendo considerada o braço direito do empresário, pois é ela que será a responsável pelo fornecimento de todas as informações de uma empresa.

Pode-se afirmar que este é o maior problema encontrado em um escritório contábil. A maioria dos clientes estão preocupados apenas com o sistema de informações tributárias, ou seja, a contabilidade é vista apenas como uma obrigação da empresa em apurar e recolher impostos. Muitos dos empresários não utilizam relatórios de análise para auxiliar no processo de tomada de decisão, por não enxergarem a real necessidade.

A principal ação para solucionar o problema identificado no parágrafo anterior é a conscientização das pessoas sobre a importância da contabilidade gerencial para as atividades empresariais. Assim, este texto foi concebido para alertar sobre a importância das informações geradas pela contabilidade, explicando que a ausência destas é uma grande ameaça para a continuidade de muitas empresas, impossibilitando também que alcancem o sucesso em sua área de atuação.

Com o objetivo de conscientizar os empresários sobre a importância das informações contábeis para a tomada de decisões em seu dia a dia, foram desenvolvidos três textos que serão postados em sequência, sendo eles: “Você sabe o que é a contabilidade gerencial e a sua importância? – Parte II”; “6 ferramentas gerenciais para utilizar na sua empresa” e “10 indicadores de análise das demonstrações contábeis”.

Espero que este conteúdo tenha ajudado a entender melhor sobre a contabilidade gerencial e como ela pode agregar na tomada de decisão das empresas.

Gostou do texto acima? Deixe a sua opinião aqui nos comentários!

Redação por: Natália Ribeiro de Freitas, processo Contábil da Mazzola Contabilidade, graduação em Ciências Contábeis pelas UNIP de Jundiaí
Revisão por: Pedro Paulo Gomes Ribeiro, processo Administração de Pessoal da Mazzola Contabilidade. Bacharel em Linguística, com especialização em Português e Espanhol pela Universidade de São Paulo.

ESG: O que é e como aplicar nas empresas

No cenário corporativo atual em que vivemos, contribuir para que o mundo seja um lugar melhor e mais sustentável, e atingir bons resultados e lucros financeiros, andam lado a lado.

As organizações têm se preocupado cada vez mais em adotar medidas e práticas para melhorar aspectos socioambientais.

E é aí que entra o conceito ESG!

O que é o ESG?

O ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) refere-se as diretrizes relacionadas as questões ambientais, sociais e de governança, por parte das empresas.

Hoje, mais do que nunca, investidores e clientes se preocupam muito com os aspectos apontados acima antes de depositar a sua confiança e dinheiro em uma empresa.

Por isso, atualmente, os negócios tomam um cuidado maior ao pensar em maneiras de minimizar os impactos ambientais, construir um mundo melhor para as pessoas e melhorar a governança e administração da organização, pois isso, além de gerar um valor para a empresa e pessoas envolvidas, também dá mais força no mercado em que ela atua.

Mas afinal, o que significa cada letra da sigla ESG?

  • E: Sigla em inglês para “environmental”, em português significa “ambiental’. Diz respeito as práticas e cuidados para minimizar os impactos com o meio ambiente. Dentre as mais comuns, podemos citar: aquecimento global, emissão de CO2, poluição, reciclagem, escassez de água, desmatamento, gestão e descarte de resíduos entre outros.
  • S: Do inglês “social”, em português significa “social”, e refere-se as diretrizes sociais, ou seja, o relacionamento da empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo, sendo eles, clientes, colaboradores, fornecedores, comunidade entre outros. Está ligado diretamente a preocupação com questões como engajamento, motivação, inclusão, satisfação, direitos, valorização, respeito, posicionamento e atuação com as pessoas, estando elas ligadas diretamente com a empresa ou não (por exemplo: a sociedade).
  • G: Por último, a letra “G”, sigla em inglês para “governance”, em português significa “governança”, e está relacionado a administração da empresa, como por exemplo processos, política da empresa, segurança das informações, qualidade, auditoria, valores, entre outros.

E quais são as vantagens das práticas de ESG para as empresas?

Além de ser um diferencial com relação a concorrência, adotar boas práticas de ESG irá trazer diversos benefícios para as organizações, tais como:

  • Redução de custos
  • Otimização de tempo
  • Aumento da produtividade
  • Melhorar a imagem da marca da empresa
  • Agregar valor para o cliente
  • Promover a sustentabilidade
  • Atrair investidores
  • Fidelizar clientes
  • Vantagem competitiva etc.

Empresas referência em ESG

Existem grandes empresas que são exemplo quando o assunto é ESG, tais como a Natura, Ambev, Boticário, Nestlé, Unilever, Johnson & Johnson entre muitas outras.

Dentre as empresas citadas acima, elas possuem alguns projetos muito legais e que contribuem para que o mundo seja um lugar melhor para se viver. Confira abaixo alguns desses projetos:

  • Natura – Mais beleza, menos lixo: O projeto baseia-se em conceitos como a logística reversa, através de um programa de recompensa, com o objetivo de zerar o desperdício e coletar mais resíduos do que é gerado. As embalagens são feitas de materiais reciclados (como vidros e plásticos) além de oferecerem refil dos seus produtos, incentivando as pessoas a reutilizarem os próprios frascos.
  • Ambev – AMA: Água pra você, água pra todos: Esse projeto tem como propósito levar água potável para quem não tem acesso. A Ambev reverte 100% do lucro das suas vendas desse projeto para projetos sociais que promovem acesso à água potável no Brasil.
  • Johnson & Johnson – Mulher 360: Pensando na dificuldade que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, a empresa lançou o projeto Mulher 360, que objetiva colocar e reter as mulheres em cargos de liderança.

E fica como uma dica minha final, buscar referências e entender como são as práticas dessas empresas, e adaptar para o que é possível para a sua empresa. Sabemos que não são todas a práticas que serão viáveis e possíveis para empresas de médio e pequeno porte, mas todos os negócios têm oportunidade de aperfeiçoar de acordo com a sua realidade. Tenha certeza, que ao adotar e aplicar as diretrizes do conceito ESG, só tem a agregar para o seu negócio.

E você? Já tinha ouvido falar em ESG? Sua empresa já tem alguma dessas práticas? Comente aqui embaixo!

Até o próximo artigo! 😉

Redação por: Gisele Rossani, processo Comercial e Marketing da Mazzola Contabilidade. Graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela UNIP de Jundiaí, e cursando MBA em Marketing Digital e Estratégia de Negócios.
Revisão por: Cíntia Calixto, processo Administração de Pessoal da Mazzola Contabilidade. Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, pela Faculdade Anhanguera de Jundiaí

6 passos para fidelizar seus clientes

É muito comum que as empresas busquem maneiras de como conquistar novos clientes. Entretanto, se esquecem muitas vezes que, mais importante do que atrair novos clientes, é fidelizar o público que já possuem.

Fidelizar seus clientes é a forma certa para aumentar as vendas no início do ano e mantê-las num patamar satisfatório no decorrer dos meses seguintes. Afinal, já está comprovado que vender para quem já é seu cliente gera mais confiança, satisfação, fidelidade e até indicação de novos compradores.

Mas a pergunta que não quer calar é: como fidelizar os clientes?

1.    Conheça seu cliente

Conhecer o cliente facilita a comunicação. O mais indicado é usar um sistema de CRM de vendas (conjunto de práticas, estratégias de negócio e tecnologias focadas no relacionamento com o cliente), que irá permitir entender o caminho que o cliente fez e o que ele realmente está procurando;

2.    Pesquisa de Satisfação

É preciso sempre saber o que agrada ou desagrada o consumidor, corrigir e aprimorar os processos. Entender as dificuldades e apresentar novas soluções de forma clara e objetiva é fundamental para elencar quais são os pontos fortes e fracos da sua empresa. Assim, será possível corrigir as falhas com rapidez, fazendo com que seu cliente se sinta confortável em comprar com você e possa até indicar novos compradores;

3.    Priorize o pós-venda

Não é porque você finalizou uma venda que pode esquecer o cliente. O pós-venda é mais importante que a venda em si, pois é aí que você assegura a fidelização do cliente, demonstrando preocupação e interesse pelo que ele achou dos produtos ou serviços adquiridos. Uma boa comunicação através do B2C permite antever uma necessidade futura, agregando mais valor à relação cliente / vendedor;

4.    Filtre seus clientes

Uma seleção consciente e detalhada dos clientes é uma técnica utilizada, e serve não só para aumentar as vendas como também auxilia na automação de marketing idêntico ao CRM.

Com esta automação é possível utilizar ferramentas que auxiliam na definição de grupos de clientes, selecionando aqueles aos quais será útil enviar materiais e promoções. Um exemplo típico são aqueles clientes que não compram em sua loja há vários meses. Se isso estiver ocorrendo, é hora de enviar material com novidades e alguns cupons de desconto.

Ferramentas como e-mails, WhatsApp e torpedos auxiliam no processo de fidelização, pois tornam a relação cliente / vendedor mais próxima e humanizada;

5.    Novas experiências

Uma boa experiência do cliente em sua loja é um ponto essencial para a fidelização.  Transforme isso em parte do seu planejamento estratégico. Crie situações que possam impactar positivamente, desde o momento em que o cliente entrar na loja ou redes sociais, até o momento em que concluir a compra.

Lembre-se também das ações de pós-venda, e sempre procure padronizar a forma de atendimento aos clientes. Isso será fundamental para definir a Missão, Visão e Valores de sua empresa;

6.    Excelência no atendimento

Jamais haverá um atendimento de excelência se não houver clientes. Realize sempre em sua empresa treinamentos, palestras e atividades para desenvolver e aprimorar as técnicas de atendimento ao cliente. Defina regras claras para sua equipe de trabalho e crie documentos para relatar onde estão os erros e acertos. Dessa forma, mesmo que sua equipe sofra mudanças com o tempo, a excelência no atendimento permanecerá no DNA da empresa.

 Ao focar nas vendas de início de ano, utilize discursos que sejam claros e objetivos a todos. Afinal, do que adiantará ter campanhas e promoções se a sua mensagem não atingir o público consumidor?

Com planejamento e inteligência, estas ações poderão ser usadas não somente no início do ano, mas também no decorrer dos meses seguintes.

Lembre-se: foco, objetivo e excelência no atendimento trarão excelentes resultados à sua empresa!

E então, gostou das dicas acima? Quer saber mais sobre este assunto? Comente aqui embaixo! Teremos o maior prazer em ajudá-lo! 

Redação por: Jonathan Lafuria, processo Fiscal da Mazzola Contabilidade, formado em Técnico de Contabilidade pela Anhanguera, cursando Gestão Comercial Pela Anhanguera Educacional.
Revisão por: Pedro Paulo Gomes Ribeiro, processo Administração de Pessoal da Mazzola Contabilidade. Bacharel em Linguística, com especialização em Português e Espanhol pela Universidade de São Paulo.

Caso Americanas: Você sabe o que está acontecendo?

Você sabe o que está acontecendo com a Americanas? Não? Então vem comigo que irei explicar tudo para você:

Como todos sabem, a Americanas é uma grande empresa do setor de varejo. Foi fundada em 1929, pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger que procuravam oportunidade de negócio em Buenos Aires, até conhecerem os brasileiros Aquino Sales e Max Landesman que lhes apresentaram o Rio de Janeiro.

O sucesso da empresa foi certeiro e atualmente conta com mais de 3.800 estabelecimentos em todo o país além de ser detentora de algumas grandes marcas, como: B2W, Shoptime e Ame Digital.

No entanto, tudo começou a ser questionado na quarta-feira, dia 11 de janeiro de 2023, quando Sérgio Rial (ex-presidente do banco Santander Brasil), presidente executivo, decidiu renunciar o cargo após 10 dias ao encontrar “inconsistências contábeis” de R$20 bilhões nas demonstrações contábeis da empresa ligadas às contas redutoras de fornecedores.

Em documento publicado em seu RI (Relacionamento com o Investidor), a empresa alega que o levantamento foi realizado até 30/09/2022 e estima que o feito das inconsistências seja imaterial.

Foi encontrado também operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras, afirma a empresa.

O feito bola de neve foi inevitável e as ações da empresa caíram de R$11,65 para R$1,94 (até a data em que está sendo redigido este artigo), uma queda de R$82,35%. Empresas do setor de varejo também estão sendo impactadas após desconfiança dos investidores na veracidade dos resultados apurados como Via Varejo e Magazine Luiza.

Outro setor que também foi afetado no mercado de renda variável é o de fundos de investimentos imobiliários, conhecido como FII. A característica desse tipo de investimento é o recebimento de aluguel de galpões que o fundo possui e, com risco de inadimplência da Americanas, quotas desses fundos também caíram.

Após a descoberta do rombo, a Americanas também renunciou ao patrocínio que fazia para o maior programa de reality show brasil: o BBB (Big Brother Brasil), abrindo espaço para seu concorrente “Mercado Livre”.

Fiscalizações já estão sendo realizadas, tanto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários, entidade responsável pelo mercado de valores) quanto CFC (Conselho Federal de Contabilidade) do Rio de Janeiro, que realizará um processo administrativo ético-disciplinar para apurar a conduta dos profissionais de contabilidade envolvidos no caso.  

Vale lembrar que empresas de capital aberto devem publicar suas demonstrações contábeis e ter seus documentos auditados. A empresa PwC, responsável pela auditoria da empresa nos últimos anos, também auditava a Petrobrás na época do escândalo da Lava Jato.

Muitas coisas ainda podem acontecer e o processo de recuperação judicial está sendo analisado, decisões estão sendo tomadas. Por isso, assine nossa Newsletter para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo de uma maneira bem simplificada e fácil de entender. Até o próximo post! ☺♥

Redação por: Kethelyn Siqueira, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista.
Revisão por: Daiane Alegro Guido, processo Financeiro da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela Anhanguera, e Pós Graduação em Controladoria e Finanças pelo SENAC.

5 passos para chegar ao preço certo

Se você quiser saber se o valor que está cobrando dos seus produtos está correto, leia até o final desse texto, pois tenho certeza de que irá se surpreender!

Quando falamos em preço de vendas, não é apenas sobre fazer a conta de cabeça e achar que está tudo bem. Na verdade, você deve pensar bastante e ter tudo bem planilhado, pois um cálculo mal elaborado de alguns centavos a menos pode significar um grande prejuízo no fim do ano; e escolher cobrar 1,99 ou 2,00 reais pode ser a diferença entre ter uma loja cheia ou não.

Se você é do tipo que ainda calcula seus preços de vendas ou serviços aplicando somente a % de lucro desejada, pare agora com esse hábito!

Já parou para pensar que você pode não estar atingindo o Lucro desejado ou até mesmo tendo Prejuízo por conta desses pequenos hábitos? 

Então chegamos as importantes questões, como eu calculo esse valor e como eu sei se o valor aplicado está correto? 

Por isso trago abaixo algumas dicas e exemplos para te ajudar chegar a % de lucros desejada sem ter prejuízo! 

1- Saber o Valor Unitário do Produto.

Geralmente, compramos em quantidades grandes para termos um desconto ou aproveitar o Preço, por isso, é bastante importante saber o valor unitário do produto em que você deseja comercializar. 

Para iniciar o cálculo do preço, o ideal é começar com o custo unitário do produto, isto é, quanto você pagou pela unidade. 

Este cálculo é bem fácil, é só pegar o valor pago pelo número e dividirem pelos itens que vieram no pacote. Por exemplo: uma compra de 100 camisas custa R$ 1.500,00, logo, dividindo custo por unidade, saberemos que você pagou 15 Reais em cada camiseta. Esta conta é bem básica, mas fundamental para todos os outros passos.

2- Saber contabilizar as Despesas. 

Após descobrir o valor unitário de cada peça, precisamos analisar as despesas da empresa. Neste momento, é importante estar por dentro de todos os gastos fixos e variáveis para chegar a uma estratégia eficaz de precificação.

Uma previa de Custo Variável são aqueles esporádicas, que dependem do volume de venda, como, por exemplo: os gastos de emissão de um boleto, a quebra de uma máquina a comissão dos vendedores etc. 

Já os Custos fixos são as despesas você tem que pagar de qualquer jeito, independentemente se teve vendas, ou não, um exemplo de custo fixo seria os gastos com Aluguel, Folha de Pagamento, Internet etc. 

Estes dois custos precisam entrar no Cálculo do valor do produto para serem pagos pelas vendas.

3- Respeite a margem estipulada.

Após achar o percentual do Custo, é importante termos em mente qual a % de lucro a empresa quer nas vendas. Pois com isso, conseguimos uma estrutura de preços. 

Com a margem aplicada a cada produto, assim você poderá entender qual o mínimo e o máximo que poderá vender seu Produto. Após isto é indispensavel definir uma margem para a sobrevivência do seu negócio e um conselho: siga esta margem à risca. 

Se sua pretensão é ganhar 25% sobre o custo do produto (e este é um preço viável para o mercado), mantenha-se no seu plano, a não ser que a estratégia demande uma mudança. 

Um produto sem um estudo no se preço de venda pode se tornar um prejuízo no estoque, pois para uma empresa destacar-se nas vendas precisa-se sempre comprar bem para vender melhor.

4- Saiba diferenciar Markup e Margem de Lucro.

Este item é muito importante para diferenciar o que será seu Lucro e o que retornara ao seu caixa para pagar suas despesas.

A margem de Lucros estipulada será a % que voltara para o caixa quando todos os custos são pagos, geralmente são subtraídos os custos do preço final do produto. 

Já o Markup é a % que aplicamos nos produtos para termos o lucro que queremos.

Com esses termos entendidos chegar ao valor de vendas de um produto torna-se uma tarefa mais simples e assertiva.

5- Analise o Mercado.

Além de achar o preço certo para vender seu produto sua empresa precisa estar atenta ao movimento do mercado, fazendo uma pesquisa minuciosa. 

Imagine que esse estudo seja uma radiografia de tudo o que você precisa saber sobre o ambiente em que pretende entrar. Você pode descobrir, por exemplo, que o valor de venda do seu produto ficou acima dos demais nos mercados e caso isso aconteça, o primeiro passo é analisar com calma, pois, qualquer decisão precipitada pode acabar gerando situações não favoráveis como, um estoque isso parado e gerando prejuízo, caso isso aconteça, o principal passo é rever a sua margem, considere uma redução do valor, e caso a situação esteja apertada, talvez esse produto não seja o mais adequado para a venda. 

Mas calma! Ainda tem estratégias e soluções para ganhar competitividade. É possível diminuir a margem de um produto Z e aumentar essa diferença no produto Y e oferecer os dois juntos.

Em resumo, o importante neste Ramo é o princípio básico da lucratividade: onde se gastar menos do que se ganha, já que ao gastar o mesmo, há somente a compensação, e gastar a mais, é ficar no prejuízo. 

Sendo assim todos os custos fixos, variáveis e as despesas devem constar no valor final de um produto (Custo + Lucro + Despesas variáveis = Preço de venda).

Encontrar o Preço certo de vendas é complexo? No começo pode parecer um bicho de 7 cabeças, mas é a chave do sucesso financeiro de uma empresa. Ter estas dificuldades para chegar no preço final é normal, mas é preciso para longevidade dos negócios.

Gostou das dicas acima? Quer saber mais sobre este assunto? Comente aqui embaixo! Teremos o prazer em orientar você!

Redação por: Rodrigo Montanari, processo Fiscal da Mazzola Contabilidade. Graduação em Ciências Contábeis pela UNIP Jundiaí. 
Revisão por: Gabriella Silva, processo Contábil da Mazzola Contabilidade. Cursando Ensino Superior em Ciências Contábeis pela UNIP de Jundiaí